Gothic, death, indie, heavy metal, reggae, ska, thrash, black, darkwave e muita brasilidade. Tudo isso misturado é a formula da 3° edição do Tocantins Música Expressa (T.O.M.E) que acontece nos dias 17 e 18 de julho no Tendencies Music Bar, em Palmas.
Reunindo cultura de vanguarda, som alternativo e prometendo muito divertimento, o evento que fecha o calendário de festivais desse semestre no estado (nos próximos meses ainda estão previstos para acontecer o Burrada e o Agosto de Rock) apresenta a escalação mais variada em relação as suas edições anteriores.
Contribuindo para o crescimento do cenário musical independente no Tocantins, o T.O.M.E vem em 2009 com o line up recheado. Além de atrações regionais, o festival traz à capital este ano duas bandas gringas. Abrindo a noite de sábado, 18, a tocantinense A Baba de Mumm-rá leva aos palmenses seu profano bode core em uma apresentação cheia de teatrinhos, sangue falso e com a participação pra lá de especial das dançarinas, carinhosamente conhecidas pelos fãs como Babetes.
Continuando a programação, para fazer a alegria do público roqueiro local, em sua maioria formado por metaleiros, o clássico grupo de heavy metal Omen (EUA) se apresenta no mesmo dia.
MCA
Para começar, na sexta-feira, 17, com uma escalação mais leve o festival conta com as apresentações das bandas tocantinenses Engenho Novo (MPB rock alternativo) e La Cecília (reggae dub).
Com a responsabilidade de fechar a primeira noite do T.O.M.E o grupo brasiliense Móveis Coloniais de Acaju, que vem a Palmas pela segunda vez, mistura rock, ska e música brasileira em suas composições. A banda que surgiu na capital federal em 1998, mostra ao público o repertório de seus dois álbuns, ‘Idem’ de 2005 e ‘C_mpl_te’ de 2009 lançado virtualmente pela gravadora Trama.
O grupo é tido atualmente como uma das mais concisas e completas bandas do rock verde e amarelo. Com identidade e características próprias, ao vivo, o som do Móveis agrada até mesmo quem nunca ouviu falar dos candangos.
Marcando presença nos festivais independentes mais importantes do País, hoje em dia o grupo formado por André Gonzáles (voz), BC (guitarra), Beto Mejía (flauta transversal), Eduardo Borém (gaita cromática, teclados e escaleta), Esdras Nogueira (sax barítono), Fabio Pedroza (baixo), Leonardo Bursztyn (guitarra), Paulo Rogério (sax tenor), Renato Rojas (bateria) e Xande Bursztyn (trombone), é respeitado no cenário underground nacional e já realiza seu próprio festival, o Móveis Convida, que reúne nomes de peso da música brasileira e recebe uma atenção grande da mídia especializada. Por aqui, a banda tem a função de arrastar a maior parte do público que comparecerá ao evento, a aposta é que quem for não vai se arrepender. Palavra de quem já viu o grupo ao vivo em três diferentes ocasiões e só tem elogios a tecer aos garotos.
Para quem quiser curtir a maratona sonora, aí vai o aviso: O T.O.M.E, que começa a partir das 22h no próximo fim de semana, já está com os ingressos à venda antecipadamente no Tendencies Music Bar. Na compra individual o valor é de R$ 15. Quem quiser o passaporte dos dois dias de show vai ter que desembolsar R$ 25.
Pros roqueiros, fãs de música boa e baladeiros de plantão, além de obrigatório o festival é a última e excelente oportunidade de se ver ainda este ano, bandas de qualidade e consagradas em palcos tocantinenses. Assim, o jeito mesmo é não perder.
ENTREVISTA COM ANDRE DONZELLI, IDEALIZADOR E ORGANIZADOR DO FESTIVAL
Pioneiro no universo do rock’n’roll no Tocantins, o goiano André Donzelli, mais conhecido como Porkão, além de corajoso é brasileiro até o último fio de cabelo, e sendo assim não desiste nunca. Idealizador e organizador do T.O.M.E o produtor, músico e empresário é multitarefa e atualmente está à frente de outro importante evento da música no Tocantins, o Tendencies Rock Festival. Dono do único bar originalmente musical da cidade, que será reinaugurado esta semana, André conta que está pra lá de empolgado com a terceira edição do Tocantins Música Expressa. De acordo com ele, o festival, que é conhecido por reunir bandas, projetos e trabalhos de artistas de diferentes estilos, se destaca no contexto regional. Neste bate papo, Porkão fala também sobre o cenário independente no estado, as dificuldades de se produzir um festival de rock no Tocantins e as expectativas para o terceiro T.O.M.E. Confira abaixo a entrevista completa!
1) Esta é a terceira edição do TOME, quais são as novidades deste ano em relação a de anos anteriores?
Duas bandas gringas de primeira linha, sendo uma delas a banda OMEN, mundialmente conhecida, lançando discos desde 1983, além do Móveis Coloniais de Acaju consagrada como uma das bandas de melhor perfomance ao vivo no Brasil.
2) Além do Tocantins Música Expressa você organiza o Tendencies Rock Festival, como é ser um produtor de eventos musicais, em especial eventos do rock'n'roll na terra do brega? Quais são as dificuldades e quais são as gratificações?
As dificuldades são gigantes, porque conseguir apoio é sempre muito difícil. Temos sempre os mesmos parceiros, a Fundação Cultural de Palmas (atual gestão), Batista Pereira Turismo e Fujisom, mas fora esses, ninguém colabora. Enfrentamos preconceito, falta de respeito e muito mais. O lado gratificante é ver que a cultura está cada vez mais presente na cena da cidade. Estamos fomentando uma grande variedade de estilos musicais, palestras, workshops e intercâmbio com nomes expressivos do Brasil que proporcionam grande troca de experiências.
3) O T.O.M.E acontece no seu bar que está passando por reformas desde o começo do ano. O que o público pode esperar de novo do Tendencies Music Bar?
A reforma do Tendencies começou em fevereiro de 2009, para o novo bar a galera pode esperar visual diferente, som e luz com mais qualidade ainda. A programação será mais variada e vamos funcionar quase todos os dias da semana com muito mais destaques e o clássico happy hour.
4) Este ano a escalação do Festival está bem diversificada, qual foi o critério na hora de escolher os grupos que se apresentam na 3° edição do T.O.M.E?
A variedade é sempre uma característica do festival, e o critério foi fechar com uma banda gringa de qualidade como foi no ano passado, e depois disso um escolher um outro headliner de peso pra fechar a segunda noite.
5) Este semestre tivemos dois importantes festivais no Tocantins e agora ainda em julho teremos o T.O.M.E. Como você avalia a cena musical do Estado atual?
A qualidade dos festivais e atrações até agora esta incrível, falta agora sensibilizar os apoiadores e a sociedade.
6) Para você este intercâmbio de bandas e apresentações que acontecem com a promoção de festivais o cenário local tende a crescer e a melhorar? Como você vê o futuro da música independente, especialmente o rock, no Tocantins?
Com certeza é de extrema importância esta troca de experiências, viabiliza o profissionalismo das bandas locais, divulgando até internacionalmente nossos valores. Acredito que a musica independente é a salvação do mercado fonográfico e o rock no Tocantins está melhorando, hoje já temos festivais e shows em varias cidades do interior, o que é uma grande vitória.
7) Quais são as expectativas para este evento, tanto em relação aos shows quanto ao público?
Quanto aos shows tenho certeza absoluta que vai ser top do inicio ao fim, já em relação ao público esperamos casa cheia nos dois dias e digo mais, no show do Móveis, acho que o Tendencies vai ser pequeno.
8) Para você porque o público palmense deve ir ao T.O.M.E?
Porque os shows vão ser maravilhosos, porque vai ser uma oportunidade única de ver algumas bandas que estarão no evento, porque A Baba de Mumm-ra tem um monte de integrantes bonitões e porque tomei um prejuízo gigante no 6º Tendencies e preciso pagar as contas se não os credores me eliminam.
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