Então, continuando o especial sobre a 3° edição do Festival Burrada, depois da entrevista dos meninos do Asteroids com a galera do Squintz (não viram? VEJAM AQUI), agora vamos ao oposto, publicando o bate-papo que a nossa banda de rockabilly teve com o pessoal punk rock de Brasília.
Asteroid 66 - O país vive hoje um momento de dualidade política em sua sucessão presidencial. De um lado, a continuidade de um governo voltado a práticas assistencialistas; de outro, uma proposta neoliberal que prioriza o crescimento econômico. Diante disso - e como vocês são uma banda do DF -, nós gostaríamos de saber algo crucial: qual vocês preferem? RAMONES ou SEX PISTOLS?!?
Squintz - The Jam
A - Assim com a gente, vocês compõem em inglês em uma época em que muita gente torce o nariz para quem não canta em português. Isso é uma decisão de estilo, ou é algo natural, o inglês só flui melhor com o som de vocês?
S - Não sei. Cantar 'Não importa o que dizem, ainda sou um punk, andando pela cidade, lado-a-lado com a galera' é possível em qualquer idioma. Tanto faz. Poderia ser em português também. Quem sabe um dia. Mas até então os termos que queremos usar e a forma que queremos deixar estão mais bem alinhados no inglês!
A - Partindo das indagações/armadilhas midiáticas propostas em rede nacional pelo Canal Futura: E se bastassem três acordes?
S - Ignore o acorde diminuto do campo harmônico, você vai harmonizar com apenas seis acordes. Sabendo as relações de substituições, aí você vai harmonizar até com três acordes. Digo isso porque quase todas as dissonâncias de qualquer acorde podem ser anuladas e deixa só o acorde maior ou menor, como o campo harmônico te pede. Já pensou?
A - Ainda nesse contexto sóciocultural: e se arte for uma ilusão?
S - 'Os homens têm sempre lutado contra a realidade com todas as suas forças.' (Jean Servier)
A - No Myspace, vocês fazem uma reflexão sobre as alegações de que o Punk Rock morreu, e traçam um paralelo entre o período do nascimento do estilo e a época da formação do Squintz - dois momentos em que um movimento de ruptura se fez necessário. Você acha que a boa resposta do público de vocês tem a ver com a consciência desse contexto, ou que eles se ligam apenas na boa música?
S - Em certos momentos, quando a coisa tá muito chata, você simplesmente vai lá e troca o disco. Não tem em que ficar pensando.
A - Ainda nesse assunto: qual é o tema principal das canções de vocês? Vocês tem uma preocupação em direcionar as músicas para uma mensagem específica, ou tem mais liberdade para escrever o que vier à mente na hora?
S - Temas rueiros e politicamente incorretos.
A - Quem é o rei do futebol? Pelé, Maradona, Romário ou Biro-Biro?
S - Túlio Maravilha!
A - Bem, acho que é isso. Deixem aqui uma mensagem pra galera daqui de Palmas que vai ver o show de vocês!
S - Meus queridos palmenses, apareçam lá no Porkão no próximo sábado (6/11), eu estarei lá esperando vocês pra acabarmos com todas as latas de antarctica, e depois disso vai ter no palco a banda The Squintz, e garanto que se você for embora vai se arrepender pelo resto da vida!!! Mas antes disso, façam a dança da chuva. Por favor!
Pra ouvir os caras, não perde tempo e clica logo: SQUINTZ!
Não conheço as bandas, mas eu ri muito com as perguntas e respostas.
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